Ao amanhecer o dia estava feio e estávamos mais uma vez saindo com chuva intermitente e desta vez com o nordestão soprando forte, o que nos deixou apreensivos quanto ao acampamento, mas preparamos os barcos com todos os equipamentos.
Leonardo com seu barco “Ilegal”, Fabiano com o “DR. Krause”, Marcio e Otávio no “Biguá Albino” e a Tiane no Quindim Precioso”, tralhas a bordo começou a chover novamente pra aumentar o desafio, já tínhamos remado de Osório até este mesmo ponto abaixo de chuva na ultima aventura.
Saímos remando lentamente eu a Tiane e o Marcio, o Leonardo Esch ficou na praia pra filmar nossa saída e o Otávio, o que o Otavio estava fazendo?
O video da saída mostra hehehhehehe
Cruzamos rapidamente a Laguna de Tramandaí e passamos pela ponta de terra que separa a Laguna da Lagoa do Armazém (lagoas de água saloba) nesta ponta de terra encontra-se um ecossistema único no Rio Grande do Sul, onde se podem encontrar caranguejos parecidos com os de mangue.
Na passagem pela Lagoa do Armazém o Leonardo que vinha remando com auxilio da sua vela em formato de leque, finalmente nos alcançaram, mas o grupo se espalhou o Marcio e o Otávio viraram para Bombordo e foram direto para o baixio da ponta do Canal do Camarão onde encalharam, o Leonardo e a Tiane acompanharam um pouco mais pro meio da lagoa e fizeram o registro da cena o Fabiano que estava testando sua primeira versão de vela em “V” seguiu uma linha mais aberta e entrou no canal com vento em popa.
Após rápidas paradas no canal do Camarão seguimos em direção a Lagoa da Custódia, onde começaram as dificuldades pra encontrar o canal, o Fabiano o Marcio e o Otávio já haviam remado duas vezes naquela lagoa, mas nunca haviam encontrado o canal pra Lagoa do Gentil.
Depois de algumas voltas finamente entramos no canal, lugar bonito cheio de juncos nas margens e com a vista do novo Parque Eólico de Tramandaí seguimos até uma pequena praia onde fizemos um rápido lanche no lugar do almoço, entrando na Lagoa do Gentil o vento havia aumentado e a água era limpa e transparente com muitas algas, o Fabiano abriu a vela e literalmente sumiu no horizonte, o Marcio e o Otávio abriram o Big Guarda Sol da Coca-cola que usaram como vela, o Leonardo Esch com sua pequena vela e a Tiane puxando água no seu Quindim.
Na Lagoa do Gentil o Fabiano que foi na frente se informou com um índio que pescava sozinho em sua canoa onde era à entrada do canal e já esperou o resto do Grupo na praia próximo ao local, neste canal até a Lagoa Manuel Nunes encontramos várias canoas indígenas todas com motor e uma com nome fazendo menção à trilogia de filmes Piratas do Caribe.
Na Lagoa Manuel Nunes o visual deslumbrante das dunas de areia competia com um fundo razo de lagoa de água cristalinas e cheias de conchas no fundo, nesta lagoa sofremos bastante procurando o canal que nos levaria até a Lagoa da Fortaleza, mas mesmo saindo da água pra olhar e tento imagens de satélite, mapa e GPS ainda assim a natureza nos pregou uma peça, pois o canal havia assoreado e não estava fazendo ligação entre as lagoas, então carregamos os barcos por alguns metros de areia até chegar no canal, o motivo do fechamento deste canal certamente esta relacionado a uma ação antrópica (promovida pelo homem), a construção de um barramento na saída da Lagoa da Fortaleza que impede a passagem da água mantendo o nível da lagoa sempre na altura de cheia. Esse canal estreito sinuoso e razo era também muito bonito, com margens altas devido ao baixo nível da água residual que escapa da barragem da Fortaleza, chegando na barragem o primeiro grande obstáculo, um barranco íngreme com uma diferença de cota de quase 3 metros pra subir os caiaques carregados com todas as nossas coisas (barracas, água, comidas, roupas, etc.).
Passado o momento de sacrifico veio a Lagoa da Fortaleza, o Fabiano fez um rápido comentário que havia começado a remar caiaques naquela mesma lagoa muitos anos passados e que amava e temia esta lagoa, o Leonardo, Fabiano e a Tiane buscaram a margem Leste para fazer uma navegação costeira, o Marcio e o Otávio não conseguiram manter o duplo navegando com ondas e vento de través e cruzaram a Fortaleza pelo meio, após uma rápida parada na margem para reagrupar, o Fabiano abriu sua vela a avançou rapidamente até a margem sul onde acabou capotando com as ondas mais altas e o vento agora entrando pelo través de Boréste, o Marcio e o Otávio também capotaram nesta mesma lagoa, o canal pra lagoa da Cidreira foi fácil de achar após a informação de um morador costeiro, no canal paramos em frente à casa de bombas da CORSAN e fomos recebidos por um homem com uma espingarda na mão dizendo que não poderíamos acampar ali (terreno de Marinha), para evitar aborrecimentos seguimos até o Lagoa Country clube onde também não nos permitiram acampar mesmo na área da margem que não pertence a eles, seguimos já com o sol se pondo até uma área mais ao sul onde haviam casas mas de sítios e fomos calorosamente recebidos por um morador próximos que estava nos acompanhado por terra.
Montamos as barracas já com a luz ficando escassa, e preparamos um saboroso churras de vazio com uma deliciosa caipirinha de vodca uma cortesia do Otávio.
Texto por Fabiano Krauze
Fotos por Marcio R. Pereira
Texto por Fabiano Krauze
Fotos por Marcio R. Pereira
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