quarta-feira, 1 de junho de 2011

Travessia Imbé Granja Vargas 2011 (Primeiro dia)

Ao amanhecer o dia estava feio e estávamos mais uma vez saindo com chuva intermitente e desta vez com o nordestão soprando forte, o que nos deixou apreensivos quanto ao acampamento, mas preparamos os barcos com todos os equipamentos.
Leonardo com seu barco “Ilegal”, Fabiano com o “DR. Krause”, Marcio e Otávio no “Biguá Albino” e a Tiane no Quindim Precioso”, tralhas a bordo começou a chover novamente pra aumentar o desafio, já tínhamos remado de Osório até este mesmo ponto abaixo de chuva na ultima aventura.
Saímos remando lentamente eu a Tiane e o Marcio, o Leonardo Esch ficou na praia pra filmar nossa saída e o Otávio, o que o Otavio estava fazendo?
O video da saída mostra hehehhehehe
Cruzamos rapidamente a Laguna de Tramandaí e passamos pela ponta de terra que separa a Laguna da Lagoa do Armazém (lagoas de água saloba) nesta ponta de terra encontra-se um ecossistema único no Rio Grande do Sul, onde se podem encontrar caranguejos parecidos com os de mangue.
Na passagem pela Lagoa do Armazém o Leonardo que vinha remando com auxilio da sua vela em formato de leque, finalmente nos alcançaram, mas o grupo se espalhou o Marcio e o Otávio viraram para Bombordo e foram direto para o baixio da ponta do Canal do Camarão onde encalharam, o Leonardo e a Tiane acompanharam um pouco mais pro meio da lagoa e fizeram o registro da cena   o Fabiano que estava testando sua primeira versão de vela em “V” seguiu uma linha mais aberta e entrou no canal com vento em popa.
Após rápidas paradas no canal do Camarão seguimos em direção a Lagoa da Custódia, onde começaram as dificuldades pra encontrar o canal, o Fabiano o Marcio e o Otávio já haviam remado duas vezes naquela lagoa, mas nunca haviam encontrado o canal pra Lagoa do Gentil.
Depois de algumas voltas finamente entramos no canal, lugar bonito cheio de juncos nas margens e com a vista do novo Parque Eólico de Tramandaí seguimos até uma pequena praia onde fizemos um rápido lanche no lugar do almoço, entrando na Lagoa do Gentil o vento havia aumentado e a água era limpa e transparente com muitas algas, o Fabiano abriu a vela e literalmente sumiu no horizonte, o Marcio e o Otávio abriram o Big Guarda Sol da Coca-cola que usaram como vela, o Leonardo Esch com sua pequena vela e a Tiane puxando água no seu Quindim.
Na Lagoa do Gentil o Fabiano que foi na frente se informou com um índio que pescava sozinho em sua canoa onde era à entrada do canal e já esperou o resto do Grupo na praia próximo ao local, neste canal até a Lagoa Manuel Nunes encontramos várias canoas indígenas todas com motor e uma com nome fazendo menção à trilogia de filmes Piratas do Caribe.
Na Lagoa Manuel Nunes o visual deslumbrante das dunas de areia competia com um fundo razo de lagoa de água cristalinas e cheias de conchas no fundo, nesta lagoa sofremos bastante procurando o canal que nos levaria até a Lagoa da Fortaleza, mas mesmo saindo da água pra olhar e tento imagens de satélite, mapa e GPS ainda assim a natureza nos pregou uma peça, pois o canal havia assoreado e não estava fazendo ligação entre as lagoas, então carregamos os barcos por alguns metros de areia até chegar no canal, o motivo do fechamento deste canal certamente esta relacionado a uma ação antrópica (promovida pelo homem), a construção de um barramento na saída da Lagoa da Fortaleza que impede a passagem da água mantendo o nível da lagoa sempre na altura de cheia. Esse canal estreito sinuoso e razo era também muito bonito, com margens altas devido ao baixo nível da água residual que escapa da barragem da Fortaleza, chegando na barragem o primeiro grande obstáculo, um barranco íngreme com uma diferença de cota de quase 3 metros pra subir os caiaques carregados com todas as nossas coisas (barracas, água, comidas, roupas, etc.).
Passado o momento de sacrifico veio a Lagoa da Fortaleza, o Fabiano fez um rápido comentário que havia começado a remar caiaques naquela mesma lagoa muitos anos passados e que amava e temia esta lagoa, o Leonardo, Fabiano e a Tiane buscaram a margem Leste para fazer uma navegação costeira, o Marcio e o Otávio não conseguiram manter o duplo navegando com ondas e vento de través e cruzaram a Fortaleza pelo meio, após uma rápida parada na margem para reagrupar, o Fabiano abriu sua vela a avançou rapidamente até a margem sul onde acabou capotando com as ondas mais altas e o vento agora entrando pelo través de Boréste, o Marcio e o Otávio também capotaram nesta mesma lagoa, o canal pra lagoa da Cidreira foi fácil de achar após a informação de um morador costeiro, no canal paramos em frente à casa de bombas da CORSAN e fomos recebidos por um homem com uma espingarda na mão dizendo que não poderíamos acampar ali (terreno de Marinha), para evitar aborrecimentos seguimos até o Lagoa Country clube onde também não nos permitiram acampar mesmo na área da margem que não pertence a eles, seguimos já com o sol se pondo até uma área mais ao sul onde haviam casas mas de sítios e fomos calorosamente recebidos por um morador próximos que estava nos acompanhado por terra.
Montamos as barracas já com a luz ficando escassa, e preparamos um saboroso churras de vazio com uma deliciosa caipirinha de vodca uma cortesia do Otávio.

Texto por Fabiano Krauze
Fotos por Marcio R. Pereira


















































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